5 dicas para preparar um treinamento para pessoas com deficiência
O investimento em treinamentos é algo muito importante e oferece retorno tanto para a empresa quanto para os funcionários. Afinal, quanto mais treinados eles são, melhor é o seu desempenho no trabalho e melhores são os resultados para os negócios.
E, num ambiente corporativo cada vez mais diverso, é urgente a necessidade de criar treinamentos acessíveis para as pessoas com deficiência, para que elas tenham as mesmas oportunidades de capacitação.
No entanto, não é raro que essa necessidade passe despercebida pelos organizadores, que só se dão conta depois de alguém apontar o colega que não está entendendo o conteúdo. Isso acaba criando uma imagem desagradável para a empresa e desmotivando o funcionário ou aluno.
Se você ainda não sabe o que fazer para atender a esse público, continue a leitura e veja 5 dicas essenciais para organizar um treinamento para pessoas com deficiência.
1. Conheça bem o seu público
Ok, isso é meio óbvio. Mas, como estamos falando de pessoas com deficiência, não custa nada enfatizar, porque, nesse caso, vai um pouquinho além de saber o seu grau de escolaridade ou o cargo que ele ocupa. Estamos falando de pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual ou visual. Você deve saber quais tipos de deficiência têm o seu público para adequar o conteúdo.
2. Escolha um local acessível
Antes de reservar o espaço, verifique se há cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida, e se o local é de fácil acesso para pessoas nessas condições (com elevadores, rampas e banheiros adaptados). Lembre-se que o melhor local é o onde todos possam chegar sem problemas.
Esta questão também vale para treinamentos online. Escolha uma plataforma ou ferramenta acessível para realizar seu treinamento. Um aplicativo que não apresente barreiras na instalação, criação de usuário e nem para ingressar no treinamento.
3. Contrate os equipamentos e profissionais necessários
Em um treinamento para pessoas com deficiência, não podem faltar três recursos básicos:
1 – Intérprete de Libras: pessoa que faz a tradução do conteúdo na Língua Brasileira de Sinais (Libras), dando o suporte necessário aos surdos.
2– Estenotipia: é a transcrição em tempo real da fala do instrutor em uma tela, por meio do Estenótipo, que por sua vez, é operado por um hábil estenotipista. É dele a tarefa de captar as palavras rapidamente e transmiti-las para que os participantes surdos e que tenham dificuldades com Libras possam acompanhar tudo direitinho.
3– Audiodescrição: uma dupla irá fazer a descrição dos recursos visuais (imagens, vídeos, slides, gráficos e até das pessoas) para que as pessoas com deficiência visual possam ter acesso a esses conteúdos.
4 – Material em braile: os materiais impressos precisam ter versão em braile e os digitais devem ser acessíveis para leitores de tela (vídeos com audiodescrição e legendas). Aproveite a tecnologia para oferecer uma experiência melhor aos seus funcionários.
4. Comunique seu treinamento de forma eficiente
A comunicação também deve ser planejada para atingir a todos os públicos, senão seu trabalho irá por água abaixo, certo?
Utilize todos os canais disponíveis, especialmente as mídias digitais. Vale vídeo — com legendas e audiodescrição — e textos. Para divulgação impressa, não esqueça da versão em braile.
Também é fundamental descrever as imagens, para que pessoas cegas ou com baixa visão tenham acesso a todas as informações da sua divulgação, e não apenas aos textos.
5. Transporte com segurança
Caso o treinamento seja presencial e fora da empresa, preste atenção ao transporte, que deve ter acessibilidade para cadeirantes (veículo com rebaixamento) e condutores treinados para atender às necessidades de cada um.
Com essas orientações, você aumenta o engajamento de seus colaboradores com deficiência aos treinamentos. Mas, para garantir que nenhum detalhe escape, conte com a ajuda de uma consultoria que entende tudo de acessibilidade, como é o caso da Sondery.