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Você já ouviu falar em Acessibilidade atitudinal? Sabia que esse termo existe?

Foto do dorso de um homem de braços cruzados, ele usa um terno preto, grava vermelha e relógio no pulso.

 

Quando mencionamos a palavra Acessibilidade, o que vem em sua mente?

As pessoas com deficiência foram excluídas e marginalizadas durante muito tempo no processo histórico da sociedade. Isso culmina até hoje em movimentos excludentes e preconceituosos em relação às pessoas com deficiência, que enfrentam muitas barreiras no dia-a-dia para realizarem atividades comuns, que, se houvesse acessibilidade, teriam muito mais autonomia e independência.

A acessibilidade não diz respeito apenas às características arquitetônicas e estruturas físicas de um local, como por exemplo uma rampa para um cadeirante, mas também sobre o funcionamento de produtos, serviços, meios de comunicação e, principalmente, o comportamento de pessoas frente às pessoas com deficiência. 

Podemos citar como exemplos de acessibilidade comunicacional as legendas, a audiodescrição e as Libras, em certos tipos de conteúdos, como vídeos. Ou também a acessibilidade instrumental, em instrumentos como cadeiras de rodas, órteses, próteses, suporte para noteebok.

A acessibilidade atitudinal é a base para que todas as outras existam. Somente quando ela é bem planejada e construída que se torna possível o engajamento de fato com as outras. Por exemplo, um gestor de uma empresa só verá sentido em colocar um elevador se ele entender a real necessidade de incluir aquela pessoa na empresa e possibilitar seu acesso, autonomia e desenvolvimento como profissional.

Mas o que é capacistismo?

Assim como existe o racismo, o machismo e a LGBTQIA+ fobia, existe o capacitismo, que é o nome dado ao preconceito e a discriminação sofrida por pessoas com deficiência, muitas vezes vistas como defeituosas ou incapazes, perante à sociedade. Podemos citar como exemplos de termos capacitistas: “dar mancada”, “retardado”, “seu autista!”, “joão-sem-braço”.

Assista ao vídeo da Sondery explicando o que é o capacistismo:

É necessário romper com o estereótipo da pessoa com deficiência vista como “coitadinha” ou incapaz. Antes da deficiência vem a pessoa. A Deficiência não define a pessoa por inteira, ela é apenas mais uma característica dela.

Muito dos preconceitos existem por pura ignorância ou falta de conhecimento. Por isso é muito importante nos informamos mais a respeito de assuntos ligados à inclusão e acessibilidade, para rompermos com a invisibilidade de pessoas com deficiência fruto de um processo histórico excludente e capacitista.

Entenda e valorize as diferenças

Cada pessoa é única em suas característas e portanto devemos reconhecer as suas necessidades particulares, para oferecer os recursos que lhes permitam estar em patamar de igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Para isso, não podemos generalizar os suportes necessários achando que atenderiam a todas. Em um processo seletivo de uma empresa, por exemplo, um surdo oralizado poderia fazer leitura labial enquanto um surdo usuário de Libras precisaria de um intérprete.

É importante focar mais nas habilidades e potencialidades da pessoa do que em suas limitações. As pessoas com deficiência têm seus gostos e afinidades particulares, qualidades e defeitos como quaisquer outras pessoas. Uma pessoa com deficiência pode ser boa em fazer contas e outra escrever bem, por exemplo, independentemente do tipo de deficiência apresentado.

Promova a acessibilidade

Cabe à sociedade como um todo reconhecer as necessidades daquela pessoa em específico e promover a devida acessibilidade. A deficiência está muito mais no ambiente vivenciado pela pessoa do que na própria pessoa. Isso vale em todos os âmbitos da vida (educação, saúde, transporte, lazer, cultura, esporte, etc) e nos mais variados contextos (escola, família, trabalho, política) ou seja, na cultura como um todo.

Devemos nos informar mais, conversar com pessoas que entendam do tema, promover conteúdos, palestras, comerciais, artes, colocar pessoas com deficiência como protagonistas de suas histórias e de seus trabalhos. Quantos artistas com deficiência você conhece? Quantos funcionários em cargos de liderança você conhece? Protagosnistas de novelas ou filmes? Políticos?

Podemos fazer a nossa parte começando do pequeno. Do micro para o macro: compartilhando conteúdos, promovendo acesso, possibilitando espaço, financiando projetos, criando e regularizando leis, etc. Em suma, dando luz ao seu protagonismo e quebrando com o preconceito.

É preciso uma mudança radical na estrutura de nossa cultura, no sentido de enxergar a diferença como algo positivo, que complementa, e não como algo negativo, que é esquisito e deve ser excluído. Devemos atuar cada vez mais garantindo seus direitos, empoderando, compartilhando conteúdos e lutando em prol de políticas públicas e legislações que favoreçam essa igualdade de oportunidades.

Vamos juntos nessa luta?!

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